Arrancou julgamento do “caso” do edifício comercial construído em zona restrita do Aeroporto da Beira


Arrancou julgamento do “caso” do edifício comercial construído em zona restrita do Aeroporto da Beira


Arrancou, ontem, na cidade da Beira, o julgamento do “caso” de um edifício comercial de dois andares construído numa zona restrita do Aeroporto da Beira reservada à comunicação aérea, mesmo depois da mesma ter sido embargada pelo Ministério Público. Dos quatro arguidos que ontem se fizeram presentes ao Tribunal Judicial da Beira, nenhum deles é do “polémico” edifício.

A sexta secção do Tribunal Judicial da Cidade da Beira pode, por isso, estar a julgar indivíduos errados neste crime de desobediência, os três moçambicanos, que são biscateiros. Ouvidos pelo juiz, estes alegaram que foram detidos por agentes da polícia quando confecionavam alimentos para o seu almoço, próximo da obra, e o chinês, que provavelmente foi confundido com o dono da obra, foi detido quando seguia para o seu posto de trabalho, também próximo do edifício.

Durante o julgamento, o agente da polícia não soube explicar porque deteve os quatro indivíduos, limitando-se, apenas, que se encontravam próximo da obra e julgou que os moçambicanos eram trabalhadores e o chinês dono da obra, sem apresentar nenhuma prova.

Sobre o mesmo processo, importa referir que os cidadãos nacionais estão detidos e o chinês responde em liberdade. O julgamento será retomado no próximo dia 4 de Julho. Refira-se que este “caso” despontou iniciou em meados de 2021 quando o Ministério Público embargou a obra porque a mesma estava sendo erguida numa área reservada dos aeroportos. A obra foi construída próximo de um sistema de comunicação aérea, o que pode contribuir para condicionar o contacto entre os pilotos dos aviões e as torres de controle.

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